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segunda-feira, 11 de julho de 2011

Raquel Silva...Eu nao Mudo

Um comentário:

  1. Esta é a história de minha vida.
    Quero contar para vocês a história da minha vida...
    Muito antes de ser gerada no ventre de minha mãe, meus pais foram morar em uma fazenda ali no Estado da Bahia; esta fazenda era propriedade de uma órfã de pai e mãe, e estavam indo muito bem até que essa jovem resolveu arrumar um namorado. Aí ele começou a ditar as ordens. Mas já fazia algum tempo que os meus pais moravam lá; e foi quando começou o martírio da minha família.
    Meu pai fazia cerca de arame, ele cortava! Meu pai fazia cerca de madeira, ele colocava fogo! Aí meu pai ia e fazia o Boletim de Ocorrência por causa dele. Num dia em que meu pai ia chegando de uma saída dessas em que tinha ido denunciar os procedimentos daquele homem, a minha mãe e eu fomos avisadas que aquele homem estava esperando meu pai para trucidá-lo.
    Então eu e minha mãe fomos ao encontro de meu pai (Na época eu tinha apenas quatro aninhos)... Quando meu pai estava chegando minha mãe começou a contar para ele o que estava acontecendo, mas repentinamente ocorre um grande pesadelo: de dentro de um sapezal saiu aquele homem armado até os dentes e montado em um grande cavalo, tendo nas mãos uma vara de marmelo da espessura de um cabo de vassoura. Com essa vara ele começou a açoitar meu pai e eu desesperada gritei muito, e passei por baixo do cavalo daquele homem e a minha mãe dizia assim: Louvado seja DEUS minha filha. Não podem nem ver este homem que eles morrem de medo, e ele continuava a espancá-lo. Meu pai dizia que se não fossem minha mãe que estava ali e eu, ele iria bater muito no meu pai e depois daria um tiro de misericórdia, contá-lo-ia em pedacinhos e jogaria no meio do sapezal. Ele bateu tanto em meu pai que o corpo ficou cheio de sangue coagulado
    Mas a minha esperança era um irmão casado, pai de vários filhos, que eu tinha e ainda tenho, graças a DEUS. Ele tirava da boca de seus filhos para alimentar a mim e a minha mãe. Então eu fui crescendo, e quando cheguei à minha adolescência, aos 14 anos fui trabalhar em uma casa de família. Trabalhava como uma condenada para não morrer de fome, ate que um dia minha mãe resolveu ir para a capital paulista, mas ela não tinha dinheiro para pagar minha passagem. Mais uma vez aquele irmão nos socorreu e pagou minha passagem. Assim viajamos, eu e minha mãe. Eu já tinha meu irmão caçula, que já tinha vindo antes, mas morava de pensionista em uma casa. Nós ficamos na mesma casa... Isso aconteceu por volta de fevereiro de 1978. Dias depois de minha chegada fui convidada para ir a um aniversário... Chegando ali, me vi em um mundo totalmente diferente, eu era tão tímida que nem levantava a cabeça para olhar à minha volta. Ainda assim, alguém estava me observando. Voltamos para onde estávamos e dias depois a irmã de meu esposo me disse que ele havia gostado de mim. Então começamos a nos conhecer, embora ambos tímidos. Após um ano de namoro nos casamos e desta união DEUS nos concedeu três filhos lindos e três netos. Nesta minha história, depois que estou aqui na capital paulista, fiquei sabendo que minha irmã mais velha foi assassinada com várias facadas e o meu irmão foi pescar e lá tinha uma espingarda armada e ele foi atingido com um tiro na perna e foi encontrado três dias depois. Precisou amputar a perna. Esta história ainda não está completa não. Mas é para vocês verem que não importa o que passamos, o conselho que eu te dou é que não coloque o teu problema como maior, por pior que seja... Dê a volta por cima e cante o hino da vitória dizendo “Só o SENHOR É DEUS”, pois eu me considero mais do que vencedora por CRISTO JESUS NOSSO SENHOR. Se eu em meio às lágrimas encontrei forças para sobreviver, você também pode encontrar. Basta tomar uma posição de homem e mulher valente; não para brigar, mas para vencer o mal e dar a volta por cima. Assim como eu dei. Hoje sou feliz, e embora lembre do passado, as feridas foram transformadas em alegrias, porque em todas essas coisas sou mais do que vencedora

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